10.5.07

A vida intensa de Chayanne em sua turnê 2007

Chayanne
Elmer Figueroa, mais conhecido como Chayanne, vive uma das turnês mais extensas, emotivas e de maior sucesso de sua carreira.
Há uns dias atrás, junto com Keane e a cantora italiana Laura Pausini, conseguiu reunir 130.000 pessoas em El Zócalo, um dos locais mais tradicionais do Distrito Federal mexicano. Dias mais tarde e com muito pouco descanso sua turnê seguiu por algumas cidades do Texas e este sucesso se repete em 21 cidades dos Estados Unidos onde reúnem milhares de seguidores.
Depois de um show em Laredo pegou um avião às 3 da manhã e com os primeiros raios do dia aterrissou em Miami, onde reside, para passar uns dias em família. Nessa pausa Terra.com conversou em exclusivo com uma das estrelas latinas de maior sucesso do momento.
“Esta turnê me trouxe muitas satisfações, não somente por ver a resposta do público, mas também pela emotividade que se vive em cada um dos shows. Você pode ver as mães, que foram as fãs originais quando eram mais jovens (risos) e seus filhos que são essa nova geração de pessoas que apreciam minha música e também vão aos shows fazendo as coreografias com os pais, é algo muito lindo que te entrega esta carreira, algo que não tem preço”, explica.
Mas a vertigem que se vive ao redor de uma turnê requer disciplina dentro e fora do palco e Chayanne sabe que seu corpo é a principal ferramenta de trabalho: “Fisicamente te desgasta muito, emocionalmente te recarrega rápido porque a adrenalina que se vive ali acima é impressionante. E é tão impressionante que você desce do palco, vai ao camarim ou já está em um hotel e continua vibrando pelo que acabou de viver, ver as pessoas cantar e dançar com suas canções te alimenta muito e te faz recuperar essas balanças que se perde em cada show. Mas deixando a parte romântica dos shows, claro que devo me cuidar. Comer muito bem, não em abundância, mas sim comidas que te façam recuperar as energias e que não te afetem. Claro que viajando tem-se a tentação de provar as milhares de delícias gastronômicas de cada lugar que visitamos, mas deve-se ser cuidadoso porque uma má comida pode te afetar durante vários dias”, comenta.
Chayanne faz parte dessa geração de estrelas que cresceu artisticamente em uma onda juvenil, em particular com ‘Los Chicos’, um grupo que surgiu na mesma época do ‘Menudo’.
“Eu estive com esse grupo desde que nasceu até que terminou. Desde os 10 aos 14 anos, o grupo terminou e foi melhor assim, não se manteve como uma marca ou um conceito. Fomos nós e pronto. Enquanto que outros grupos seguiram o caminho de renovar seus integrantes, mas jamais poderei negar que tudo o que aprendi nessa época realmente serviu para aprender muitas coisas que hoje posso aplicar na minha carreira: disciplina, espírito de trabalho, rotinas de dança e muitos outros elementos”, afirma.
Em uma época em que as bandas como ‘Menudo’ quer lançar sua versão 2007, Chayanne desejaria uma reunião de seus velhos integrantes de grupo, mas o momento é muito complicado: “Essa reunião não necessariamente é impossível por meus compromissos. É difícil pelo caminho que cada um de nós teve. Migue (Miguel Santa Cruz) agora é piloto para a Cruz Vermelha, Rey (Díaz) é um grande empresário de restaurantes e Tony (Ocasio) acredito que seguiu sua carreira militar fora de Porto Rico, na verdade não tenho certeza disto. Mas claro que uma reunião seria linda, mais nesta época que todos queremos ver nossos heróis ou ídolos de infância. Vemos como se reúne The Police e rememoramos tantas lembranças. Para mim, particularmente, acontece algo muito especial quando canto canções que já têm um tempo como ‘Tiempo de Vals’ ou ‘Completamente Enamorado’ que foram hinos para muitos jovens em festas. Faz pouco tempo em um show uma pessoa propôs matrimônio a sua noiva utilizando essa canção e como não se pode dizer que esses momentos são maravilhosos...”.
Chayanne é um veterano no negócio, graças a seu início na vida musical quando recém tinha 9 anos. “É insólito ver a quantidade de mudanças que este mundo musical teve. Você não sabe como eram os shows em minha época de Los Chicos e ver agora a tecnologia que temos a nossa disposição, as luzes, o som, as gráficas e o gigantesco grupo de pessoas que temos trabalhando para um só espetáculo, algo que antes era inimaginável”.
Precisamente Chayanne tem a sua disposição um grupo de cerca de 46 pessoas que trabalham dia a dia em sua turnê: “Isto é uma responsabilidade gigantesca porque de alguma maneira você é a cabeça de um grupo muito grande que depende de ti. Mas é uma responsabilidade charmosa porque há 46 famílias que se beneficiam do trabalho de uma empresa que para mim sempre quis formar com um claro conceito, que todos nos sintamos em família, que não seja como qualquer trabalho, mas que todos saibamos que temos a motivação para trabalhar porque gostamos do que fazemos”.
Chayanne goza hoje em dia de um grande prestígio construído em muitos anos de sucessos musicais e com um grande carisma que irradia dentro e fora dos palcos. Muitos artistas anglos invejam a capacidade de convocatória que tem em muitas cidades dos Estados Unidos onde se dá o luxo de encher os cenários de maior capacidade em cada lugar. “Minha satisfação não é encher cenários por enchê-los. Meu objetivo é que as pessoas que vão a um dos meus shows possam desconectar-se de seus problemas, que passem um momento muito agradável, que estejamos todos alegres, que vibremos e choremos se temos que fazê-lo e eu sou da política de suar muito forte cada camisa que uso nos shows porque gosto de entregar tudo de mim, para ao final irem para casa com um grande sorriso”.
Seu mais recente disco ‘Mi Tiempo’ foi um sucesso e sua turnê é a confirmação do grande momento que vive Chayanne. “Por agora desfruto de todo este carinho das pessoas e já haverá tempo de pensar no futuro. Do próximo disco e de umas férias. Voltar a atuar? Talvez, mas tem que ser um projeto que não implique muito tempo. Tenho várias ofertas para realizar alguns filmes e novelas, mas o mais importante é o tempo que isto vai me tomar, porque a prioridade agora é minha família”.
Na época em que os duos e colaborações são mais comuns, Chayanne não descarta essa possibilidade: “Quando fizemos a turnê com Marc Anthony e Alejandro Fernández pensamos em fazer uma canção, mas o tempo não ajudou muito e bom, eles sempre serão meus primeiros candidatos para gravar alguma canção, assim como já o fiz e o repetiria com Rubens Blades ou Vanessa Williams, sempre é muito emotivo trabalhar com seus amigos”, pontua.
O tempo se esgota e Chayanne deve seguir seu caminho ao aeroporto para continuar esta turnê que inclui 21 cidades ao redor dos Estados Unidos e que o ratifica como uma autêntica estrela da música contemporânea.

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