1.5.07

Orishas: “Não temos culpa de que o arroz com feijão nos deu estes corpos”

Orishas
Choveu muito desde suas atuações no metrô de Paris. Com três álbuns pelas costas (A lo cubano, Emigrante e El kilo) e dez anos sobre os palcos, a banda cubana Orishas publica uma recopilação com seus grandes êxitos, ‘Antidiótico’, “um disco a modo de terapia musical”. Entre risos e aborrecimentos, Ruzzo, Yotuel e Roldán conversaram com seus seguidores em um encontro onde não faltou o forte sabor de sua Cuba natal.
‘Antidiótico’ é uma revisão de sua carreira profissional, pelo qual não podem evitar dar uma olhada ao passado: “O melhor destes anos foi encontrar estes loucos e fazer disto uma família. O pior é que gostamos de partir de Cuba e vender discos ali”, comenta Yotuel.
Levam o ritmo no sangue e prometem uma turnê “carregada de energia e força cubana”. Diante de quem os acusa de fazer um ‘espetáculo tipo Backstreet Boys’ em seus shows, Roldán se defende: “Não estamos vendendo nada que não nos pertença. Dançar no palco, improvisar, fazer um show energético, despir-se e passar bem é um dos objetivos deste projeto”. Y Yotuel completa: “Não temos culpa de que o arroz com feijão de Cuba nos deu estes corpos”.
Como não, Cuba é um tema reiterativo para os três Orishas: “A canção que não podia faltar neste disco é a que dedicamos a Cuba, ‘Una página doblada’, na qual falam de Fidel Castro. É a primeira vez que tratamos um tema tão sério e tão candente nestes momentos, que é o destino de Cuba. Faz 49 anos era um pouco impossível pensar que esse dia chegaria, mas cada dia o vemos mais perto”, explica de novo Yotuel.

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