5.3.07

Miguel Bosé lança disco de duetos para celebrar seus 30 anos na música

Miguel Bosé
Bosé, depois de onze meses voltado para a produção deste disco, prepara já a consciência para a turnê, com canções que vão desde "Linda" a "Velvetina".
"Com trinta anos de profissão pode-se clamar vitória, mas nunca se sabe quantas mais haverá", disse Miguel Bosé, enquanto prepara a celebração de seu trigésimo aniversário na música com um disco de duetos com amigos como Alejandro Sanz, Juanes, Alaska, R.E.M., Ricky Martin, Shakira e Mina, entre outros.
Este trabalho, que levará o nome de Papito e que sairá a venda dia 20 de março, contém, explicou Bosé, "uma celebração paralela com o público", que é com quem diz haver "recorrido estes 30 anos", em forma de turnê mundial, que começará dia 5 de maio na cidade espanhola de Almería.
Bosé, depois de onze meses voltado para a produção deste disco, prepara já conscientemente o tour, "porque cada concerto será diferente, já que é o público que elege, através da página da web, as trinta canções que querem escutar em sua cidade. Serão recitais escolhidos ao largo do ano e meio de viagens", com canções que vão desde Linda a Velvetina.
É "Linda", canção publicada em 1977, que realmente cumpre os trinta anos, "mas por ela não passou o tempo". "A recuperei - recorda - para os concertos sinfônicos e foi um prazer porque se deixa cantar perfeitamente". E é que, disse convencido, "as grandes canções se conservam muito bem".
"Ninguém - completa - pode saber como vai sair uma canção, ainda mais eu, que tenho uma maneira caótica de compor a base de anotações e não tenho um método fixo até que a coisa vá andando. Realmente é o público que diz se uma canção é grande ou não".
Este álbum, "um trabalho complicado na hora de montar a produção e os tempos", terá quinze canções na edição normal e trinta na especial, e para ele, Miguel chamou seus amigos.
Daí que também conte com nomes como Leonor Watling, David Summers, Bimba Bosé, Paulina Rubio, Laura Pausini ou Amaia Montero, de La Oreja de Van Gogh.
A seus amigos e amigos os deixou eleger "o que desejam cantar e eles frequentemente pendem por uma canção dessas que lhes parece familiar por uma coisa ou por outra. A partir daí, escolhia o dia e buscava como aproximar fronteiras e encontrar um território comum", tendo em conta que Bosé tem "uma gravadora muito forte".
Também queria celebrar com os produtores com os que havia trabalhado até o momento, como Andrés Levin e Carlos Jean, e havia contado também com Andy Bradfield, responsável pelas trilhas sonoras de "The Lord of the Rings" e "Moulin Rouge", e colaborador de Björk e Pet Shop Boys, mas mantendo-se o mesmo a frente da produção.
Daí que canções como "Nena", "Nada particular", "Los chicos no lloran", "Amante bandido", "Te amaré" e "Sevilha" soem "como novas".
O álbum leva sobre os ombros de Bosé cifras desorbitadas, como 80.000 quilômetros de avião, 15.000 chamadas de telefone e 10.000 e-mails, e gravaram 2.977 faixas digitais durante 2.234 horas em dezenove estúdios de som de cidades como as espanholas Madrid e Cádiz, Londres, as estadunidenses Nova York, Los Angeles, Austin e Miami, e Panamá.
Foi uma produção 'plagada' de histórias e algumas delas "tocaram o seu coração", como a gravação com Juanes, que "chegou ao estúdio como quem vai a um templo e dizendo que finalmente havia cantado sua canção favorita e, ainda por cima, com o autor".
Outros temas, como os gravados com Mina e Placebo, vão a ser publicadas nos discos de ambos e no segundo disco da edição especial.
Bosé, que depois de trinta anos de música sabe que suas "canções são a trilha sonora de muitas pessoas", diz que com este álbum aprendeu "muitas coisas em nível de produção" e conclui: "Descobri que continuo tendo curiosidade e paixão pela música".
Muito interessante o público poder escolher as músicas que querem ouvir em um show. Esse é Bosé inovando e ainda conservando o melhor que tem nesse CD Especial.

Nenhum comentário: